domingo, 10 de março de 2013

CHORÃO - LEGADO PARA ALÉM DA MÚSICA

Li estarrecido o 'post' abaixo, em que o artista, enfurecido contra a exposição das circunstâncias da lamentável morte do cantor "Chorão", lança diatribes justamente contra aqueles que admiram os seus trabalhos e enchem suas burras particulares, propiciando-lhes o estilo de vida que tanto veneram. É preciso que se compreenda que, quando as pessoas tornam-se públicas, servindo de exemplo para miríades de jovens, abrem mão voluntariamente de sua intimidade. Toda morte de um jovem é inexplicável e contraria o ciclo vital. O 'modus vivendi' dos artistas (aliás, o de qualquer pessoa) não é da conta de ninguém, mas, quando um ator, cantor, intérprete ou seja lá qual for o ramo de sua atuação é pego com drogas ou mesmo falece em virtude delas, acho que é bastante saudável que tais circunstâncias venham às luzes, porque são as drogas que vêm minando os alicerces da família brasileira, causando desgraças particulares e acicatando o tráfico, liderado por bandidos de altíssima periculosidade que, para sua atividade nefanda, ceifam a vida de adolescentes, usurpam a propriedade privada e subvertem a ordem pública. Ninguém é uma ilha. Numa sociedade global e plural, o simples fato de comprar uma bucha de maconha causa reflexos abomináveis. Não são só os artistas que gozam do privilégio de uma vida privada e eles certamente não estão acima ou imunes à lei. Todos os indivíduos são seres únicos e cada um tem um particular modo de ser. A morte de 'Chorão' deve servir de exemplo, sim. Talvez ele até quisesse que assim o fosse, porque era querido por crianças e adolescentes que ficaram órfãos de forma súbita e estúpida, propiciada pelo uso imoderado de drogas, o que deve ser explicado. Ao contrário do que o artista abaixo teria dito (pois tendo a duvidar que um homem de sua inteligêcia teria sido o autor desse texto), os artistas dependem sim de seu público, pois é a vida pública e o sucesso que os permite sobreviver de maneira não poucas vezes faustosa. Não há valores e princípios medíocres. Todos eles devem ser respeitados, pois a verdade não tem dono. Choremos a morte de 'Chorão', mas que a mazela das drogas e de seus reflexos na vida de todos, em comunidade, seja desnudada de maneira extrema, para que isso não venha mais a acontecer. Jamais. E que o legado de 'Chorão' seja muito mais do que a sua música.

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